segunda-feira, outubro 23, 2006

REVIVER O PASSADO, SENTIR O PRESENTE, OLHAR O FUTURO!

No jornal Ilha Maior de 13 de Outubro, página 6, na rubrica “Uma questão semanal”, o senhor José Manuel Moniz intitula o seu artigo de opinião «REVIVER O PASSADO, SENTIR O PRESENTE, OLHAR O FUTURO!»
Transcrevemos, com a devida vénia a autor e jornal:

«Como habitualmente tento estar nas Lajes do Pico, onde guardo momentos marcantes da minha juventude, durante a Festa de Lourdes e este ano não foi excepção.
Sempre que lá estou faço um “download” em que recordo onde vivi, como vivi, estou com os amigos que ainda estão e tento, em espírito, estar com os que connosco já não estão. É a minha “história” que sinto prazer em revivê-la num espaço mais requintado que agora encontro!
Só experimenta esta agradável sensação quem não renega o seu passado e continua a sentir-se portador de um respeito e gratidão pela vida que viveu e por continuar a ser cidadão do mundo.
Se, comigo, acontece em relação às Lajes, donde parti fisicamente há mais de 30 anos, o mesmo acontece com os meus filhos, nora e neta em relação à Madalena! É bom sinal porque nunca nos “divorciamos” daquilo que gostamos!
Mas a razão deste meu testemunho prende-se com o conteúdo da recuperação que se está a viver na “avoenga” Vila das Lajes. Os meus parabéns caros cidadãos e amigos pela forma como se tem recuperado o núcleo principal da Vila! Há modernidade e há uma preocupação latente em respeitar a traça arquitectónica da Vila. Restaurar não é sinónimo de voltar ao passado mas sim realçar a sua história com pleno respeito pelos seus valores patrimoniais e humanos. O enquadramento urbanístico está perfeito e por isso sentimo-nos bem no todo Lajense!
Pena é que outras Vilas que, não tendo arquitectura tão rica, não saibam ou não queiram trilhar por um plano urbanístico sustentado e que projectem uma “mostra” de construção ao sabor da vaidade individual. A ser assim os nossos vindouros não desejarão, certamente, fazer o que se está a constatar na Lajes.
A prova provada do que acima afirmamos sustenta-se na orientação que se está a aplicar na zona da paisagem protegida da vinha que dá gosto visitar muito embora tenham havido “atentados” urbanísticos que não dignificam quem os autorizou.
O que teremos de oferecer a quem nos visita ou a quem aqui vive é um ambiente limpo e que se identifique na forma e no conteúdo com o que fomos e como desejamos ser.
Não se deverão edificar “adegas” num conjunto arquitectónico fora do contexto da paisagem protegida porque está devidamente demarcada.
Defendemos a modernidade urbanística e não só, mas deverá enquadrar-se num contexto próprio e nunca feita a bel-prazer de qualquer um.
Ter-se-á que dotar os nosso centros urbanos com uma ambiência apelativa e cuja identidade não reflicta nunca uma construção anárquica.
Se todos, mas todos, nos sentirmos responsáveis por um desenvolvimento colectivo amanhã será prestado merecido reconhecimento à nossa geração.
Vamos a isso!»


Nota: aos autores que queiram publicar aqui os seus artigos, podem fazê-lo através do e-mail lajes_do_pico1@sapo.pt
Lembramos que este e outros contributos não reflectem necessariamente a opinião do blogue, sendo os autores, naturalmente, responsáveis pelas opiniões emitidas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Li este artigo do meu amigo "Zé Manel" (ele deixa-me tratá-lo asim)e também o achei muito pertinente. Embora estando há muitos anos na Madalena, ele é, de facto, um Lajense. Que "sente" a Vila como sua, e faz bem.
Para além disso, é um observador atento da realidade picarota, e transmite-o sem hesitações, agrade a quem agradar.
Bem-hajas por isso, Zé Manel!