De Newsletter do IAC-Instituto Açoriano de Cultura:
«O IAC-Instituto Açoriano de Cultura, em parceria com a Carmina Galeria e com as câmaras municipais da Horta e das Lajes do Pico, apresenta de 23 de Setembro a 22 de Outubro na Carmina Galeria e de 10 de Novembro a 5 de Janeiro, na Galeria Municipal das Lajes do Pico uma exposição de escultura com obras de João Cutileiro.
Desloca-se à ilha Terceira, a convite do IAC-Instituto Açoriano de Cultura, para estar presente na inauguração da exposição, no próximo dia 23, sábado, pelas 18 horas, o escultor João Cutileiro.
No decurso do continuado empenho em que o IAC-Instituto Açoriano de Cultura se emprega para poder proporcionar nos Açores o acesso a referências da Arte Contemporânea, Jorge A. Paulus Bruno, Presidente da Direcção do IAC, refere “que esta exposição de João Cutileiro – figura indissociável da história da escultura em Portugal, o escultor da mudança – constitui-se como um momento alto da programação cultural dos Açores.”
João Cutileiro, referência maior da escultura portuguesa, é o grande obreiro da viragem da escultura no nosso país, tendo quebrado com o classicismo estilizado que se vivia no período da ditadura em Portugal, quando a iconografia estereotipada, que resultava das encomendas oficiais do regime, povoava Portugal de “heróis, santos e descobridores”.
D.Sebastião, peça sua erigida na cidade de Lagos, em 1973, aquando da comemoração do quarto centenário daquela cidade, representou o momento de viragem da escultura e terá sido uma das obras mais polémicas em toda a história da escultura em Portugal, como refere José Augusto França: “Em 1973 foi possível imaginar o rei «desejado», inquieto e falso herói. A sua figura confessa-o assim, como um fantasma vindo do fundo do tempo, espantalho da história, caricatura do Mito. Boneco dado à nossa piedade e oferecido à nossa meditação... Com isso, uma notável obra da estatuária contemporânea (....), a quebra de uma triste tradição de academismo «modernizado». Lagos pode estar orgulhosa de ter uma das melhores estátuas de Portugal.”
A exposição que agora é apresentada em Angra já esteve presente na cidade da Horta no âmbito do programa dos Encontros de Porto Pim, cuja produção foi da responsabilidade do IAC-Instituto Açoriano de Cultura, com financiamento da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, em parceria com a Câmara Municipal da Horta.»
sexta-feira, setembro 22, 2006
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1 comentário:
Muito bem!
É a velha questão de Lagos ter ficado estupefacta na altura da inauguração, provocando quase uma revolta popular, e hoje ser o ex-libris da localidade. Há que apostar, mesmo sabendo que irá ser polémico, porque da discussão nasce a luz.
O nome de Cutileiro dispensa apresentações. As Lajes poderão ver algumas obras de um Mestre.
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