quinta-feira, setembro 14, 2006

Democracia

A democracia é um sistema de funcionamento político das nações. Tem fundamentos filosóficos e outros. Não é, como pretensamente outros sistemas, de “direito divino”. Pensada e concretizada por seres humanos, a democracia tem os defeitos e virtudes que os mesmos seres humanos colocam nos seus pensamentos e feitos - os mesmo seres humanos que fazem guerras onde são vitimados milhões de outros seres humanos; os mesmos seres humanos que pelas suas acções e omissões colocam o planeta onde vivem todos os seres humanos em risco de extinção.
Nas chamadas “democracias ocidentais”, como a nossa, os partidos políticos são um dos instrumentos do sistema democrático; sem eles, não se concebe a democracia - por enquanto. Os partidos, tal como a democracia, igualmente não são de “direito divino”. Os partidos, têm Programas, Estatutos, Financiamentos, Militantes (leia-se, pessoas que pagam quotas e se obrigam a cumprir e a fazer cumprir o Programa e Estatutos), enquadramento legal, história e ideologia. Mas, se pensarmos com mais cuidado, vemos que só existem porque determinadas quantidades de seres humanos se dispõem a dar-lhes corpo. São estes seres humanos, dos partidos A a Z, tão seres humanos como os demais que não integram esses partidos nem sequer votam neles – quando a democracia lhes exige o cumprimento desse dever, mais do que direito... Um ser humano, por pertencer ao partido A, não é melhor do que outro ser humano que pertence ao partido B – nem vice-versa. Em todos os partidos – de A a Z – há seres humanos honestos, trabalhadores, inteligentes e dedicados ao bem público.
Na ilha do Pico, no concelho das Lajes do Pico, há seres humanos assim: honestos, trabalhadores, inteligentes e dedicados ao bem público; e nenhum partido tem o privilégio de ser o único que tem seres humanos deste gabarito. Ainda bem. Para a democracia.

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