sábado, agosto 05, 2006

Entre o religioso e o profano


As festas de verão da nossa ilha têm um padrão idêntico. No essencial, respeitam uma componente religiosa e outra, digamos, pagã. O que não é de estranhar, pois a tradição portuguesa é desta linha. Mesmo as grandes festas que aparentemente nada devem ao âmbito religioso, procuram quase sempre integrar aspectos ou momentos que são devedores de um “sagrado laico": um sentimento idêntico percorre aqueles que num sábado à noite acendem isqueiros (e telemóveis…) em frente ao palco onde actua uma banda de música moderna e no domingo seguinte integram uma procissão religiosa. Estes são fenómenos sobejamente estudados, por disciplinas tanto da área das ciências humanas como das biológicas, ou daquelas que cruzam saberes aparentemente distantes entre si.
Julgamos que estes são questões interessantes que podem servir-nos de reflexão – antes (ou depois) de entrarmos na euforia (desejada!) da Festa!

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